sexta-feira, 30 de abril de 2010

Anvisa libera suplementos com cafeína e creatina para atletas

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu autorizar o uso da cafeína e da creatina em suplementos alimentares para atletas profissionais. Antes, as duas substâncias só eram permitidas em alguns tipos de medicamento.

A cafeína retarda a sensação de fadiga muscular. A creatina também melhora o desempenho muscular, mas serve mais para esportes de curta duração e alto impacto, como corridas de curta distância.

Daqui a 18 meses, os dois alimentos deverão ter no rótulo frases de advertência recomendando que eles não sejam utilizados por quem não é atleta profissional, porque isso pode trazer riscos à saúde. A cafeína pode acelerar o coração e a creatina pode trazer problemas renais.

Não entra nessa categoria de atleta profissional, por exemplo, quem vai à academia três vezes por semana. Para quem pratica muita atividade física, embora não viva disso, a orientação de Maria Cecília Birto, diretora da Anvisa, é que procure um nutricionista.

As embalagens de creatina deverão também trazer a advertência de que o consumo de mais de 3g por dia da substância pode trazer danos à saúde.

Os riscos, de acordo com a gerente-geral de Alimentos da Anvisa, Denise Resende, incluem sobrecarga renal, no caso da creatina, e arritmia cardíaca, no caso da cafeína. "O nutricionista é responsável por esse paciente. O que acontece é que as pessoas usam de forma indiscriminada", disse.

Além dessas duas substâncias, a Anvisa também permitiu a venda de suplementos para atletas na forma de "pack", ou seja de pacotes que reúnem unidades de produtos diferentes.

Já os aminoácidos de cadeia ramificada foram retirados da categoria de alimentos para atletas porque não foi comprovado que eles melhoram o fornecimento de energia.

Em todos os alimentos destinados a atletas, inclusive os isotônicos, a embalagem deverá trazer a seguinte frase: "Este produto não substitui uma alimentação equilibrada e e seu consumo deve ser orientado por nutricionista ou médico".

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Você sabe o que é arroz parboilizado

A palavra parboilizado teve origem na adaptação do termo inglês parboiled, proveniente da aglutinação de partial + boiled, ou seja, "parcialmente fervido".
Não se trata de arroz parafinado, ou colado, como muitos pensam. O processo de parboilização baseia-se no tratamento hidrotérmico a que é submetido o arroz em casca, pela ação tão somente da água e do calor, sem qualquer agente químico.

A parboilização é realizada através de três operações básicas:
1. Encharcamento: o arroz em casca é colocado em tanques com água quente por algumas horas. Neste processo, as vitaminas e sais minerais que se encontram na película e germe, penetram no grão à medida que este absorve a água.
2. Gelatinização: Processo Autoclave - o arroz úmido é submetido a uma temperatura mais elevada sob pressão de vapor, ocorrendo uma alteração na estrutura do amido. Nesta etapa, o grão fica mais compacto e as vitaminas e sais minerais são fixados em seu interior.
3. Secagem: O arroz é secado para posterior descascamento, polimento e seleção.

Suas vantagens são:
Rico em vitaminas e sais minerais, devido ao processo de parboilização;
Quando cozido, fica sempre soltinho;
Rende mais na panela;
Requer menos óleo no cozimento;
Pode ser reaquecido diversas vezes, mantendo suas propriedades;
Alto grau de higiene no processo de industrialização;
Conserva-se por mais tempo;
Não usa produtos químicos.

Detalhe: O Brasil detém a tecnologia de parboilização mais avançada do mundo!
Fonte: Embrapa

terça-feira, 27 de abril de 2010

O que são Prebiótico e Probiótico

Dentro da Ciência da Nutrição, sempre há novidades sobre a alimentação. Felizmente, cada vez mais se descobrem alimentos que desempenham funções benéficas ao organismo humano, como prevenção de doenças, proteção de órgãos e tecidos, manutenção das reações básicas, entre outros. Esses alimentos são chamados alimentos funcionais.

De acordo com a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - propriedade funcional é aquela relativa ao papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do organismo humano.

Prebióticos:
Os alimentos prebióticos são alguns tipos de fibras alimentares, ou seja, carboidratos não digeríveis pelo nosso corpo. Isto é, possuem uma configuração molecular que os torna resistentes à ação de enzimas.
Esse tipo de fibra possui as seguintes funções:
- Ajuda na manutenção da flora intestinal;- Estimula a motilidade intestinal (trânsito intestinal);- Contribui com a consistência normal das fezes, prevenindo assim a diarréia e a constipação intestinal por alterarem a microflora colônica por uma microflora saudável;

- Colabora para que somente seja absorvido pelo intestino as substâncias necessárias eliminando assim o excesso de glicose (açúcar) e colesterol, favorecendo, então a diminuição do colesterol e triglicérides totais no sangue;

- Possui efeito bifidogênico, isto é, estimulam o crescimento das bifidobactérias. Essas bactérias suprimem a atividade de outras bactérias que são putrefativas, que podem formar substâncias tóxicas.Exemplos de prebióticos são: frutoologosacarídeos (FOS) e a inulina.
Os FOS são obtidos a partir da hidrólise da inulina. Os frutooligosacarídeos estão presentes em alimentos de origem vegetal, como cebola, alho, tomate, banana, cevada, aveia, trigo, mel e cerveja. A inulina é um polímero de glicose extraído principalmente da raiz da chicória. Ela se encontra também em alho, cebola, aspargos e alcachofra. A inulina extraída da chicória é produzida comercialmente e pode ser consumida por diabéticos como substituto do açúcar por conter de 1 a 2 kcal/g.

Probióticos:
Os probióticos são outro tipo de alimentos considerados funcionais. São microorganismos que, quando ingeridos, exercem efeitos benéficos para a saúde. Esses organismos são adicionados aos alimentos, como os leites fermentados, por exemplo.
As mais conhecidas bactérias que exercem essa função são as Bifidobacterium e Lactobacillus, em especial Lactobacillus acidophillus. Elas agem produzindo compostos como as citoquinas e o ácido butírico que são antimicrobianos e antibacterianos, ou seja, favorecem a presença de bactérias benéficas ao organismo e diminuem a concentração de bactérias e microorganismos indesejáveis. Outra maneira de proteger a mucosa intestinal é metabolizar as fibras presentes e transformá-las em ácidos.
Dessa forma, no meio ácido há uma diminuição na concentração de bactérias patogênicas e putrefativas, que provocam doenças e gases.
Outras funções:
- Os probióticos aumentam de maneira significativa o valor nutritivo e terapêutico dos alimentos porque há um aumento dos níveis de vitaminas do complexo B e aminoácidos. Absorção acrescida de cálcio e ferro;

- Fortalecimento do sistema imunológico, através de uma maior produção de células protetoras,

- Particular importância para os indivíduos com intolerância à lactose, devido ao aumento de uma enzima que facilita a digestão da lactose.
A manutenção do equilíbrio da flora intestinal é muito importante para o nosso organismo. Dessa maneira, a alimentação assume papel influente através da ingestão de alimentos que proporcionem o desenvolvimento no intestino de bactérias saudáveis.
O consumo de probióticos e prebióticos devem ser estimulado. É fundamental perceber que uma boa saúde não depende somente de alimentos funcionais e sim de vários fatores que juntos proporcionam uma vida saudável.


Saiba como ter uma dieta equilibrada para evitar a hipertensão

Saiba como se alimentar de modo a evitar a hipertensão.
(Sociedade Brasileira de Hipertensão)

É estabelecido que uma dieta equilibrada é aquela constituída pela ingestão de frutas, verduras, derivados de leite desnatado, e alimentos com quantidade reduzida de gorduras saturadas e colesterol. Mas o hipertenso deve atentar-se ainda a outros cuidados com sua dieta. É extremamente importante que as pessoas com hipertensão reduzam a quantidade de sal na elaboração de refeições e retirem o saleiro da mesa. Isso porque, no corpo humano, o sal age como uma esponja retendo água nos tecidos, permitindo uma elevação da pressão arterial.
O sódio é encontrado naturalmente em quase todos os alimentos que ingerimos, mesmo que sem a adição de sal na preparação e ainda que não tenha sabor salgado. Esta pequena quantidade de sal (cerca de 2 gramas) é capaz de suprir as necessidades diárias do organismo. As novas Diretrizes prescrevem a ingestão de até 6g/dia de sal (2 colheres de chá rasas ou 4g, além das 2g de sal já presentes nos alimentos naturais). Os especialistas recomendam ainda que se dê preferência a temperos naturais como limão, ervas, alho, cebola, salsa e cebolinha, ao invés dos industrializados. Alimentos com alto teor de gordura são também aqueles com maior quantidade de sal. As fontes industrializadas (enlatados, conservas, defumados, etc) são igualmente ricas em cloreto de sódio.
A ingestão de potássio também é prescrita. O potássio é uma fonte mineral cujas propriedades têm efeitos favoráveis em relação à redução da pressão. Ele é encontrado principalmente em frutas, legumes e vegetais de cor verde-escura. A dieta rica em vegetais e frutas contém 2 a 4g de potássio por dia e pode ser útil na redução da pressão e na prevenção da hipertensão arterial.

As recomendações dietéticas das Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial:

Preferir
· Alimentos cozidos, assados, grelhados ou refogados
· Temperos naturais: limão, ervas, alho, cebola, salsa e cebolinha
· Verduras, legumes, frutas, grãos e fibras
· Peixes e aves preparadas sem pele
· Produtos lácteos desnatados

Limitar
· Sal
· Álcool
· Gema de ovo: no máximo 3 por semana
· Crustáceos
· Margarinas, dando preferência às cremosas, alvarinas e ricas em fitosterol

Evitar
· Açúcares e doces
· Frituras
· Derivados de leite na forma integral, com gordura
· Carnes vermelhas com gordura aparente e vísceras
· Alimentos processados e industrializados: embutidos, conservas, enlatados, defumados e salgados de pacote

Saiba quais alimentos escolher
Tabela com a quantidade de sal e potássio contida em certos alimentos
(Composição química dos alimentos por 100 gramas)

Os não-recomendados:
Carne-de-sol - 10,8g de sal - 200mg de potássio
Bacalhau Salgado - 14,3g de sal - 603 mg de potássio
Bacon defumado - 2,6g de sal - 236 mg de potássio
Caviar - 3,8g de sal - 531 mg de potássio
Manteiga com sal - 2,5g de sal - 303 mg de potássio
Presunto cozido - 4,8g de sal - 237 mg de potássio
Lingüiça-porco - 2,9 g de sal - 268 mg de potássio
Batata Chips - 1,6g de salPicles - 3,0g de sal
Pizza - 1,8g de sal - 130 mg de potássio
Azeitona - 3,0g de sal
Queijo Camembert - 3,1g de sal - 66 mg de potássio
Queijo Roquefort - 3,0g de sal - 82mg de potássio
Salame - 5,3g de sal - 376 mg de potássio
Salsicha - 2,5g de sal - 235mg de potássio

Com moderação:
Maionese - 1,5g de sal - 17mg de potássio
Macarronada - 1,0g de sal - 121mg de potássio
Requeijão - 1,0g de sal - 53mg de potássio
Pão francês - 1,5g de sal - 141mg de potássio
Ovo - 0,3g de sal - 128mg de potássio
Doce de leite - 0,3g de sal - 393mg de potássio

Os recomendados:
Carne magra - 0,3g de sal - 112mg de potássio
Peixe - 0,3g de sal - 182mg de potássio
Cream Cracker - 0,3g de sal - 35mg de potássio
Fígado - 0,3g de sal - 248mg de potássio
Galinha - 0,3g de sal - 211mg de potássio
Gelatina - 0,4g de sal - 42mg de potássio
Ricota - 0,5g de sal - 64mg de potássio
Queijo-Minas - 0,7g de sal - 153mg de potássio
Peru - 0,3g de sal - 288mg de potássio
Maçã - 64mg de potássio
Mamão - 0,1g de sal - 212mg de potássio
Manga - 76mg de potássio
Maracujá - 0,1g de sal - 360mg de potássio
Mel de abelha - 34mg de potássio
Melancia - 0,0g de sal - 42mg de potássio
Óleo de soja - 4mg de potássio
Pepino - 0,1g de sal - 76mg de potássio
Pêra - 0,1g de sal - 132mg de potássio
Pêssego - 0,1g de sal - 121mg de potássio
Pimentão verde - 0,1g de sal - 154mg de potássio
Quiabo - 0,1g de sal - 31mg de potássio
Rabanete - 0,2g de sal - 383mg de potássio
Repolho - 0,1g de sal - 161mg de potássio
Tomate - 0,1g de sal - 209mg de potássio
Uva branca - 0,1g de sal - 188mg de potássio


segunda-feira, 26 de abril de 2010

Tríade da Mulher Atleta

TRÍADE DA MULHER ATLETA:

É uma síndrome que consiste em: Desordens Alimentares, Amenorréia e Osteoporose. Esses componentes são inter-relacionados.

DESORDENS ALIMENTARES:

Compreendem em Anorexia e Bulimia Nervosa. Ocorrem em atletas onde os esportes de maior risco são aqueles nos quais um baixo % de gordura é desejável. Eles podem prejudicar o físico atlético e o desempenho profissional, aumentando o risco de lesões.

- Anorexia Nervosa: É um transtorno alimentar caracterizado por grande restrição alimentar auto-imposta tendo como objetivo a perda excessiva de peso. Como consequência encontra-se: distúrbios menstruais, arritmias cardíacas, desidratação, desmineralização óssea, manutenção do peso corporal inferior a 85% do que é considerado adequado para estatura e idade, índice de massa corporal (IMC) igual ou inferior a 17,5kg. Se o IMC é abaixo de 15 pode ser considerado como uma fase crítica, pois ocorre o desaparecimento do tecido adiposo e uma atrofia muscular considerável além de outros fatores que contribuem para a gravidade da doenças.

- Bulimia Nervosa: Apresenta como principal característica, episódios de ingestão alimentar incontrolável, seguida da utilização de e4stratégias para "eliminar" as calorias ingeridas, o que ocorre por métodos purgativos (vômitos e uso de laxantes e diuréticos) e não-purgativos (jejuns e exercícios físicos excessivos). Tendo como consequências: perda de fluídos e eletrólitos, diminuição na concentração de potássio sérico, distúrbios gastrointestinais, erosão e perda do esmalte dentário, entre outras. IMC normal ou acima do normal de acordo com sua altura.

- Anorexia Atlética: Prevalente entre as atletas onde os critérios para o seu diagnóstico incluem: perda de peso, atraso na puberdade, disfunções menstruais, falsa imagem corporal, excessivo med de engordar, restrição alimentar, vômitos auto-induzidos, uso de laxantes e diuréticos e exercício físico compulsivo.

IRREGULARIDADES MENSTRUAIS:

Atletas femininas que praticam exercícios físicos intensos e apresentam alterações no comportamento alimentar, além de correrem o risco de desenvolverem deficiência de ferro com ou sem anemia, comumente apresentam irregularidades menstruais como a ameorréia.

- Amenorréia: É definida como falta ou interrupção do fluco menstrual, com menos de 2 ciclos menstruais por ano. É classificada como primária e secundária.
* Primária: ausência de menstruação após os 14 anos de idade em meninas que não apresentam características sexuais secundárias ou, após os 16 anos, independente de outros sinais ou sintomas.
* Secundária: está relacionada à interrupção de 3 a 12 períodos menstruais consecutivos em jovens que apresentaram uma menarca normal.

Todas as alterações no ciclo menstrual estão na dependência direta da intensidade e duração do exercício, condicionamento e a perda de peso e gordura corporal durante o treinamento.
A preocupação com distúrbios menstruais em atletas torna-se mais importante na medida em que existe uma correlação positiva destes distúrbios, principalmente a amenorréia, com alterações da densidade óssea e fraturas de estresse.

OSTEOPOROSE:
É uma condição clínica definida como um decréscimo da massa óssea. A massa óssea corresponde a 80% da variação na força óssea. O tecido ósseo é dinamicamente responsivo à demanda funcional que lhe é imposta, o que gera alterações de sua massa e força.
Muitas atletas apresentam densidade minerálica óssea equivalente a idosas de 70 ou 80 anos, sendo com8m a expressão "ossos velhor em atletas jovens".

A falta de desinformação de atletas e treinadores em relação às especificidades dos esportes que praticam, leva essas atletas a adotarem estratégias nutricionais arriscadas para atingir o objetivo necessário ao esporte que praticam, o que acarretará num enorme aumento da ocorrência de transtornos alimentares, podendo conduzir as atletas a desenvolverem irregularidades menstruais como a amenorréia e posteriormente a osteoporose.

Com isso, faz-se necessária uma educação nutricional para conscientizar atletas e treinadores sobre a importância da dieta equilibrada e adequada, a qual pode impedir o desenvolvimento da amenorréia e, conseqüentemente, prevenir a osteoporose. Além disso, a intensidade do treinamento deve ser bem planejada, evitando assim conseqüências na performance da atleta.

Bibliografia:
Assunção, S.S.M; Cordás, T.A; Araújo, L.A.S.B. Atividade Física e Transtornos Alimentares. Revista de Psiquiatria Clínica. São Paulo. 2002.
Baptista, A.P; Pandini, E.V. Distúrbios Alimentares em Frequentadores de Academia. Revista Digital. Buenos Aires. Ano.10. Num. 82. 2005.
Leitão, M.B; Colaboradores. Posicionamento Oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: Atividade Física e Saúde na Mulher. Revista Brasileira Medicina do Esporte. Vol.6. Num.6. 2000. p. 215-220.
Velardi, T.C.C; Ribeiro, B.G; Soares, E.A. Distúrbios Nutricionais em Atletas Femininas e suas Inter-Relações. Revista de Nutrição. Campinas. Vol.14. Num.1. 2001. p. 61-69.
Oliveira, F.P; Colaboradores. Comportamento Alimentar e Imagem Corporal em Atletas. Revista Brasileira de Medicina Esportiva. Niterói. Vol.9. Num.6. 2003.
Mantoanelli, G; Vitalle, M.S.S; Amancio, O.M.S. Amenorréia e Osteoporose em Adolescentes Atletas. Revista de Nutrição. Campinas. Vol.15. Num.3. 2002.




quarta-feira, 14 de abril de 2010

Café



Tomar, diariamente, até cinco xícaras de café coado ou filtrado não altera os índices de colesterol (LDL e HDL) ou de triglicérides e, quando ingerido em conjunto com uma dieta balanceada, pode ajudar a reduzir peso.


A conclusão é de uma dissertação de mestrado apresentada na Unifesp que acompanhou, por 18 semanas, 60 pacientes com índices elevados de colesterol em tratamento no Setor de Lípides, Aterosclerose e Biologia Vascular da universidade. A redução de peso, do índice de massa corporal (IMC) e da circunferência abdominal verificada durante esse período foi, em média, de 1,5%.


De acordo com Rosana Perim Costa, nutricionista e autora da pesquisa, a forma como o brasileiro prepara o café – em coador de pano ou em filtro de papel – impede a passagem das substâncias dos grãos, responsáveis pelo aumento da fração ruim do colesterol (LDL).


Já a presença de substâncias antioxidantes na bebida, como a cafeína e os polifenóis, evita a formação de radicais livres e, conseqüentemente, o desenvolvimento da doença coronariana.


No organismo, a absorção gastrointestinal da cafeína é rápida e completa. A cafeína circula nos fluídos corpóreos e sua concentração atinge o nível mais alto entre 15-45 minutos depois da ingestão. A meia-vida do café nos humanos varia de acordo com a idade, sexo, condição hormonal, ingestão de drogas, tabagismo. A cafeína é biologicamente transformada pelo fígado e seus metabólitos são excretados quase que completamente pelo rim e pelo trato urinário. O café pode ser contra-indicado para pessoas com patologias como: úlcera, problemas cardíacos e hipertensão.


"Um café bem quente consola, reanima, aquece...Naqueles momentos críticos, em que a vontade se abate, o sono persegue, o frio corrói, um cafezinho ajuda e ameniza..."

terça-feira, 13 de abril de 2010

As frutas e hortaliças estão mais presentes no prato do brasileiro.

Estudo inédito do Ministério da Saúde revela que 30,4% da população com mais de 18 anos optam por esses alimentos cinco ou mais vezes na semana. E 18,9% consumiram cerca de cinco porções diariamente em 2009 - 2,6 vezes mais que o registrado em 2006, 7,1%. Isso equivale as 400 gramas diárias recomendadas pela Organização Mundial de Saúde. Contudo, o Ministério da Saúde alerta para o aumento no consumo de alimentos com alto teor de açúcar e gordura e do número de sedentários no país.
Os dados sobre o perfil da alimentação do brasileiro e o hábito de fazer atividade física integram levantamento realizado todo ano pelo Ministério da Saúde, o Vigitel. Foram entrevistadas 54.367 entre os dias 12 de janeiro e 22 de dezembro de 2009. O levantamento foi apresentado durante a comemoração do Dia Mundial de Saúde nesta quarta-feira, 7 de abril, na sede da organização Pan-americana de Saúde (OPAS), em Brasília.
O ministro José Gomes Temporão participou da cerimônia e fez um alerta sobre os riscos da mudança no estilo de vida da população. A alimentação adequada e a prática regular de exercício ajudam a prevenir doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e câncer. O Ministério tem estimulado hábitos saudáveis, espaços de convivência e para esportes nas cidades brasileiras, com repasse de verbas, e com ações de promoção da saúde nas equipes de saúde da família e por meio do Programa Saúde na Escola, destaca.
HÁBITO ALIMENTAR - De acordo com uma das responsáveis pela pesquisa, Deborah Malta, os dados demonstram o impacto das mudanças no padrão alimentar do brasileiro - que acompanha tendência mundial de maior consumo de alimentos gordurosos - e, ao mesmo tempo, a preocupação de uma parcela da população em reverter esse quadro.Tem reduzido o percentual de pessoas que almoçam em casa ou preparam sua refeição, e assim as pessoas acabam optando por alimentos mais práticos e, geralmente, mais gordurosos, como os pré-cozidos, enlatados ou mesmo os fast-foods, afirmou Deborah, que também é coordenadora-geral de Doenças e Agravos Não-transmissíveis do Ministério da Saúde. Segundo ela, a maior busca por frutas e hortaliças é o resultado de um processo de conscientização e das políticas de incentivo a hábitos saudáveis.O desafio é ampliar o acesso a essas iniciativas, destaca.
Outro ponto positivo no hábito alimentar do brasileiro é a queda de 15,8% no consumo de carnes vermelhas gordurosas ou pele de frango. Em 2009, 33% dos adultos comiam carnes com excesso de gordura contra 39,2% em 2006. A conscientização, tanto em relação ao consumo de vegetais quanto à escolha de carnes mais leves, segundo Deborah Malta, pode ser atribuída às políticas de incentivo a alimentação saudável.
REFRIGERANTES - Contudo, os dados demonstram também que refrigerantes e sucos artificiais (aqueles em pó dissolvidos em água) participam ativamente da dieta do brasileiro. Ao todo, 76% dos adultos bebem esses produtos pelo menos uma vez na semana e 27,9%, cinco vezes ou mais na semana. O consumo regular, quase todo dia, aumentou 13,4% em um ano. Em 2008, 24,6% da população bebia refrigerantes cinco ou mais vezes na semana.
Entre os mais jovens, de 18 a 24 anos, o índice é ainda maior, 42,1% bebem refrigerantes quase todos os dias. Além disso, as versões light ou diet do produto não são tão requisitadas. Só 15% da população adulta optam por eles. O leite com teor integral de gordura também é o preferido: 58,4% da população consomem esse produto cinco ou mais vezes na semana. Um aumento de quase 2% em três anos. Em 2006, 57,4% da população preferiam os integrais ao invés de desnatados ou semi-desnatados.
Já o consumo de feijão, tão comum na culinária brasileira, está caindo. Esse alimento, que é rico em fibra e ferro, em 2009, fez parte do cardápio de 65,8% dos adultos cinco ou mais vezes na semana. Em 2006, o índice era 71,9%, o que representa uma queda de 8,4% em três anos. O feijão requer tempo de preparado e pressupõe uma comida caseira. Com a mudança no estilo de vida da população, ele está saindo da rotina do brasileiro, afirma Deborah Malta. Segundo ela, para reverter o quadro, é preciso ampliar as políticas de promoção da saúde, além de esforços de outros setores do governo, como educação, agricultura e comércio.
SEDENTARISMO - As ações também devem estar integradas ao incentivo e orientação para a prática regular de exercícios físicos. Hoje observamos um predomínio de alimentos com alto teor de gordura e açúcar na dieta do brasileirão, e isso não é compensado com aumento de atividades físicas. Pelo contrário, as pessoas estão mais sedentárias.
Os dados da pesquisa confirmam essa realidade. Apenas 14,7% dos adultos fazem atividades físicas no tempo livre com a regularidade necessária - 30 minutos diários, cinco vezes por semana. Considerando aqueles que se deslocam para o trabalho ou para escola a pé ou de bicicleta, o índice sobe para 30,8%. O estudo demonstra ainda aumento do número de sedentários no país, que hoje representam 16,4% da população, ou seja, pessoas que não fazem nenhuma atividade física no tempo livre, no deslocamento, na limpeza da casa ou outros trabalhos pesados. Esse índice é 24% maior que o registrado em 2006, quando havia 13,2% de adultos inativos fisicamente.
Nos períodos de descanso, é a televisão que distrai o brasileiro. A pesquisa mostrou que 25,8% dos adultos passam três ou mais horas em frente à TV e isso acontece cinco vezes ou mais na semana. Isso demonstra que as pessoas optam cada vez mais por um lazer passivo ao invés de praticar esportes ou outras atividades físicas, afirma Deborah Malta.
Para a melhoria da qualidade de vida da população, o governo federal instituiu, em 2006, a Política Nacional de Promoção da Saúde. Desde então, estados e municípios recebem incentivos financeiros para ações de estimulo à prática de exercícios físicos, alimentação saudável e construção de espaços de convivência e lazer.

Fonte: Associação Brasileira de Nutrição

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Dia Mundial da Saúde


O dia mundial da saúde foi criado em 1948, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), através da preocupação de seus integrantes em manter o bom estado de saúde das pessoas do mundo, bem como alertar sobre os principais problemas que podem atingir a população.

Ter saúde é garantir a condição de bem estar das pessoas, envolvendo os aspectos físicos, mentais e sociais das mesmas, em harmonia, definição dada segundo a OMS.



terça-feira, 6 de abril de 2010

Pirâmida Alimentar - Foto

CLIQUE NA IMAGEM PARA AUMENTAR.

Pirâmide Alimentar

Flexível e cheia de opções, a Pirâmide Alimentar pode ser o seu guia para uma dieta equilibrada e alimentação saudável. Ela foi desenvolvida pelo departamento de agricultura americano e oferece orientação simples e fácil para você escolher seu cardápio respeitando sete diretrizes.
Diretrizes:
- Coma uma diversidade de alimentos.
- Mantenha um peso saudável.
- Escolha uma dieta com pouca gordura, colesterol e gordura saturada.
- Escolha uma dieta rica em vegetais, frutas e grãos.
- Use açúcar com moderação.
- Use sal com moderação.
- Se consome bebidas alcóolicas, beba com moderação.
A Pirâmide Alimentar encoraja os princípios básicos de uma dieta saudável : variedade, equilíbrio e moderação.
Variedade: Não há um único alimento que forneça todos os nutrientes necessários. Uma dieta variada inclui alimentos diferentes nos 5 grandes grupos da Pirâmide que juntos atendem às recomendações nutricionais.
Equilíbrio: Uma dieta equilibrada incorpora diariamente as quantidades apropriadas dos 5 grupos de alimentos, provendo as calorias e nutrientes necessários. Sua idade, sexo e nível de atividade física podem alterar o número de porções necessárias para uma dieta balanceada.
Moderação: Selecionar as comidas e bebidas com cuidado ajuda a controlar as calorias e quantidades de gordura, colesterol, gordura saturada, sal, açúcares e, se consumidas, bebidas alcóolicas. Isso permite maior flexibilidade para saborear a variedade de alimentos disponíveis.

Embora a pirâmide alimentar não seja uma ciência exata, é um bom começo para criar uma dieta saudável e balanceada.
Ela demonstra como os diferentes tipos de alimentos devem ser balanceados em sua dieta.
Cereais, pães, arroz e massas - 6 a 11 porções.
Vegetais - 3 a 5 porções.
Frutas - 2 a 4 porções.
Carnes, peixes, aves, ovos, feijões e nozes - 2 a 3 porções.
Leite, iogurte e queijos - 2 a 3 porções.
Gorduras, óleos e açucares - use de forma reduzida.
Uma alimentação saudável não significa largar as comidas e bebidas prediletas. Somente aprenda como balancear sua alimentação. Você pode acomodar seus alimentos preferidos e saborear as refeições enquanto promove sua saúde.
Não há alimento "bom" ou "ruim", a sua dieta como um todo que é importante. Toda comida pode se encaixar numa dieta variada, moderada e balanceada.

Funcionários comem errado nas empresas

Estudo realizado em uma empresa de Belo Horizonte mostra que o almoço consumido pelos funcionários é hipoglicídico, hiperprotéico e hiperlipídico. Além disso, o consumo de fibras alimentares é baixo. Pesquisadores afirmam que a alimentação deve ser orientada por nutricionistas.
As Unidades de Alimentação e Nutrição têm como objetivo principal oferecer alimentação adequada às necessidades nutricionais da clientela das empresas. Os cardápios elaborados devem ser, portanto, balanceados de modo que os requerimentos em energia e nutrientes possam ser. Como no sistema self service não existem restrições das quantidades servidas, é comum que haja consumo médio elevado de alguns alimentos, principalmente das carnes e gorduras. Isso é o que mostram pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais em um estudo que teve como objetivo avaliar a adequação nutricional média do almoço self service de uma Unidade de Alimentação Nutricional da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A clientela da unidade foi constituída por 310 funcionários, na faixa etária de 16 a 60 anos. Foram estudados os 22 cardápios do período entre 8 de janeiro e 14 de março de 2001, servidos de segunda a sexta-feira.
De acordo com artigo publicado na edição de janeiro/fevereiro de 2005 da Revista de Nutrição, “as preparações culinárias de cada refeição devem ser selecionadas pelo nutricionista, levando em consideração os hábitos e as preferências alimentares da clientela, a safra, a oferta e o custo do gênero alimentício no mercado, os recursos humanos, a disponibilidade de área e equipamentos, o preparo e o consumo efetivo dos alimentos”.
No estudo, os pesquisadores constataram que o valor energético médio foi de 1108kcal. Os teores de carboidratos, proteínas e lipídios forneceram, respectivamente, 51,0%, 19,0% e 30,0% de energia metabolizável. Segundo eles, “com base nas recomendações para a população brasileira do sexo masculino (2.785kcal), os cardápios avaliados contribuíram com 40,0% da necessidade energética total, 30,0% dos carboidratos, 96,0% das proteínas e 47,0% dos lipídios. Para a população do sexo feminino (2.056kcal), os valores correspondentes foram, respectivamente, 54,0%, 41,0%, 130,0% e 64,0%”. Isso mostra que o almoço consumido pelos funcionários da empresa é hipoglicídico, hiperprotéico e hiperlipídico, com destaque para o consumo de proteínas que, de acordo com os cientistas, deveria ser reduzido cerca de 2 vezes para os homens e 3 vezes para as mulheres para atender às recomendações.
O consumo de fibra alimentar também mostrou-se inadequado, correspondendo a 48,0% das necessidades diárias da clientela. Dessa forma, a equipe alerta para a necessidade de todos os nutrientes estarem presentes em todas as refeições, nas quantidades e percentuais recomendados e levando-se em consideração as necessidades energéticas totais calculadas com base nas atividades, para que a adequação nutricional do indivíduo-médio seja atendida. “As atividades de atenção dietética devem anteceder o planejamento de uma refeição adequada, sendo inerentes ao nutricionista responsável, o que não foi priorizado na unidade estudada”, afirmam no artigo.

Fonte: Dra Shirley de Campos e Agência Notisa

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Páscoa


FELIZ PÁSCOA A TODOS!!!