quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Alergia ao leite é diferente da intolerância à lactose


Intolerância à lactose:

A intorelância à lactose é muito comum nas crianças, a partir dos cinco anos de idade, devido a incapacidade do organismo digerir o acúçar do leite (lactose). Quando não absorvida, ela é fermentada pelo intestino, levando à uma série de sintomas. Isso acontece devido à deficiência ou ausência da enzima intestinal chamada lactase, responsável por esse processo.

Os principais sintomas desse distúrbio alimentar são intestino preso, dores abdominais, flatulência, dores de cabeça e dermatite atópica (alergia de pele que provoca manchas avermelhadas) e coceira.


Alergia ao leite:

Já a alergia ao leite é uma reação do organismo à proteína lactase, que leva a reações alérgica como diarreia, urticária e sintomas respiratórios, como asma e até febre.

Segundo os médicos e nutricionistas, a intolerância é mais fácil de ser resolvida do que a alergia ao leite, pois existem casos em que não é preciso excluir totalmente a lactose da dieta da criança.


Para quem tem intolerância à lactose:

Liberado: carnes em geral, margarina, geleias, leguminosas (feijão, vagem e lentilha), arroz e cereais em geral, verduras e legumes, leite de soja, queijo tipo tofu, pães e bolachas que não contenham leite em sua composição.

Proibido: leite de vaca e derivados como: queijos, manteiga e requeijão, preparações e alimentos à base de leite (bolo, pudins, biscoitos e pães).


Recomenda-se que, ao surgir sintomas semelhantes, procure uma nutricionista para realizar o tratamente adequado.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Alimentação vira direito constitucional

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 047/2003, que inclui a alimentação entre os direitos sociais da Constituição Federal, foi aprovada nesta quarta-feira (3) em segundo turno, pelo plenário da Câmara dos Deputados. Foram 376 votos favoráveis, nenhum contrário e 02 abstenções.
Atualmente, a Constituição prevê como direitos sociais (artigo 6º) a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, e a assistência aos desamparados.
A proposta já havia sido aprovada em 1º turno no início de novembro. Como emenda à Constituição não precisa de sanção do Presidente da República, a PEC Alimentação seguirá direto para promulgação do Congresso Nacional.
A PEC Alimentação é de autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE). Como acontece com todas as propostas de emenda à Constituição, a matéria percorreu um longo caminho até ser aprovada em definitivo.
A proposta nasceu no Senado, onde passou por comissões e depois foi votada e aprovada duas vezes pelo plenário, com mais de 3/5 dos votantes. Na Câmara, a mesma coisa - tramitação por comissões, votação e aprovação em dois turnos, com pelo menos 3/5 dos votos.
"Este era um débito que esta Casa tinha com o povo brasileiro há 21 anos", disse o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), presidente da Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional. "Esta Casa, portanto, está de parabéns", disse ele, que foi bastante saudado pelos seus colegas.
Quem também festejou o resultado foi a deputada Emília Fernandes, uma das maiores defensoras da proposta na Câmara. "Agora, a alimentação passa a ser um compromisso de Estado, um direito que está acima de partidos, acima de governos e ideologias", ela disse. "Agora, a alimentação é um compromisso de todos os entes federativos, a União, os Estados e os Municípios", concluiu.
O presidente do Consea, Renato S. Maluf, diz que a aprovação da proposta torna a alimentação uma questão de Estado e não política de um ou outro governo. "Assegurar o direito à alimentação e, com ele, a soberania alimentar, a segurança alimentar e nutricional, passa a ser um dever de Estado, e não apenas deste ou daquele governo", disse ele. "Importante dizer que se trata, também, de uma obrigação a ser assumida pelo conjunto da sociedade", afirmou ele.
Renato Maluf também destacou a importância da medida para a construção do Sisan, o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. "A ação de Estado se traduz em políticas públicas que, do nosso ponto de vista, devem se concretizar na implementação do Sisan na formulação da Política e do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN)", enfatizou.
O presidente do Consea lembra também a obrigação que agora se impõe a todos os entes federativos. "O mandato constitucional significa que todas as esferas de governo estão comprometidas com sua realização, isto é, governos estaduais e municipais também estarão compelidos a se envolver na construção do sistema e da política nacional, inclusive por meio da implementação dos respectivos sistemas estaduais e municipais", concluiu.

Fonte: Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Alimentação na Menopausa

A menopausa é um processo fisiológico que ocorre na vida das mulheres entre os 40 e 60 anos de idade, esta fase caracteriza-se pelo fim do período fértil e consequente diminuição nas taxas hormonais. Aliado a isso, surgem alguns sintomas incômodos como falta de ar, calores, irritabilidade, insônia, cansaço, entre outros. Além dos sintomos, irá ocorrer uma série de alterações no organismo da mulher. Em muitas mulheres, o ganho de peso é favorecido, ocorre também uma descalcificação óssea que pode acarretar o surgimento da osteoporose e aumentar os riscos de fraturas ósseas; nesta fase pode-se observar também, uma maior pre-disposição a hipertensão, diabetes, colesterol alto e doenças cardiovasculares.

Com isso, mesmo antes do início da menopausa, inicia-se um programa para diminuir os efeitos dessas alterações fisiológicas no organismo da mulher. Quase todas as consequências dessa fase podem ser prevenidas por meio de uma alimentação adequada e saudável.

Como diminuir os efeitos da menopausa:

- Na alimentação, deve haver redução da ingestão de alimentos com alto teor de açúcares, gorduras e sal;
- O consumo de alimentos que sejam fontes de cálcio e vitamina D são de fundamental importância, deve-se dá preferência a leites desnatados e queijos magros. Estes alimentos não devem ser consumidos aliados a outros que contenham ferro, como carnes por exemplo, pois o ferro prejudica a absorção do cálcio;
- A dieta deve conter alimentos que sejam fontes de magnésio: carnes, cereais, legumes de folha verde, amidos, leite e frutos oleaginos;
- Alimentos como frutas, verduras e legumes devem estar presentes todos os dias na dieta;
- Alimentos que contenham vitamina C (goiaba, acerola, limão, laranja, manga, morango, pimentão) e vitamina E (soja, germe de trigo, nozes) devem fazer parte do cardápio;
- Deve-se dá preferência a carnes magras e cereais integrais;
- Inclua linhaça na alimentação, ela auxilia na redução dos sintomas da menopausa, fortalece o sistema imune, previne contra diversos tipos de câncer e contém ácidos graxos essenciais, vitaminas e minerais;
- O consumo da soja também é importante, ela contém isoflavonas que reduzem os sintomas da menopausa.

A alimentação e os exercícios físicos são peças chaves nesta fase, através destes dois mecanismos muitas mulheres tem os sintomas da menopausa bem atenuados. A busca pela qualidade de vida desde cedo, garante uma menopausa mais tranquila e uma vida mais saudável.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Obesos podem ser mal nutridos

A obesidade é uma das principais metas de combate da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo dados da organização, cerca de 300 milhões de pessoas no mundo estão obesas e, conseqüentemente, expostas à má nutrição. Geralmente diagnosticada em pessoas com problemas de falta de peso, a doença também acomete os obesos.

"A má nutrição nos obesos é o excesso de calorias, que não possuem nutrientes e vitaminas importantes para o organismo. Isso não significa que todas as pessoas obesas têm má nutrição, mas existem pessoas diagnosticas com a doença".

Para se diagnosticar a má nutrição (De acordo com os especialistas a má nutrição é uma "condição fisiológica anormal causada por deficiência, excessos ou desequilíbrios na ingestão de calorias, proteínas ou outros nutrientes".), é necessário fazer uma investigação sobre o histórico e costumes alimentares da pessoa. Na verdade existem indícios que podem ser atrelados a má nutrição como, por exemplo, o cansaço, a baixa resistência ou a fadiga. A má nutrição pode colaborar para o risco de doenças como pressão alta, hipertensão e o próprio aumento de peso.

Dietas pouco equilibradas e a enorme oferta de produtos pouco saudáveis como sanduíches, refrigerantes, frituras são fatores importantes para o aumento da obesidade. Além da alimentação, é importante olhar a cultura alimentar dos países e das pessoas para tratar a obesidade pois, o sobrepeso é uma doença que pode surgir por diversos fatores como aspetos culturais, demográficos, biológicos, genéticos e psicológico.

O tratamento inclui dietas e estímulo à prática de exercícios. Por isso, em muitos casos, não há necessidade da cirurgia bariátrica - a famosa operação de redução de estômago.

A obesidade não está restrita aos Estados Unidos e a Europa. É um problema mundial. "O alerta da OMS é importante porque a doença está atacando países em desenvolvimento como o Brasil".