A cafeína é uma das drogas mais consumidas no mundo. Ela ocorre naturalmente nos grãos de café, nas folhas de chá, no chocolate, nas sementes de cacau, no guaraná e acrescentadas a bebidas carbonadas.
A ação da cafeína no SNC aumenta a capacidade de atenção, concentração, humor, liberação de catecolaminas, liberação de ácidos graxos livres, catabolização de triglicerídios musculares, redução da fadiga e menor tempo de reação. Após ingestão indivíduos podem temporariamente se sentirem mais fortes e mais competitivos, acreditando poder realizar uma atividade física e mental por um tempo mais prolongado antes que se inicie a fadiga.
A cafeína age como antagonista dos receptores da adenosina, levando a uma maior secreção de adrenalina, que melhora o funcionamento muscular, diminui as dores durante os exercícios, e provoca uma maior quebra de glicogênio para um fornecimento extra de energia. Por estes motivos, seu uso se tornou comum nos esportes, particularmente entre ciclistas e corredores de longas distâncias.Esse bloqueio da adenosina também é responsável pelo aumento da oxidação lipídica, diminuindo a oxidação de carboidratos durante o exercício.Vários estudos foram publicados sobre os efeitos ergogênicos da suplementação da cafeína. As observações mais consistentes revelaram que a cafeina pode aumentar o tem po até a exaustão durante exercícios sub-máximos por aproximadamente 30-60 minutos. Aumento na velocidade e força nesses exercícios também foram relatados. Exercícios de resistência aeróbica de curta duração também têm sido relacionados com a melhora após o uso de cafeína.
Alguns autores sugerem que a cafeína aumenta a concentração de ácidos graxos livres (AGL), o que contribui para elevação do catabolismo de lipídios nos músculos em atividade e reduzindo o catabolismo de carboidratos, poupando assim, os estoques de carboidratos corporais.
Os efeitos ergogênicos da cafeína começaram a ser difundidos pela comunidade científica a partir da década de 70, onde Costill e seus colaboradores evidenciaram uma melhora no tempo de exercício e na quantidade de trabalho produzido em atividades de endurance. Estes estudos sugeriram que a cafeína aumentou a disponibilidade de AGL para o músculo, resultando em maior oxidação de lipídios.
Pesquisadores procuram potencializar os efeitos da cafeína suspendendo seu consumo quatro dias antes da competição. Mas, o melhor horário de ingestão é bastante discutido. A cafeína tem uma meia vida de 4 - 6 horas após a ingestão, implicando que altas doses continuarão presentes no sangue após 3 - 4 horas de ingestão. A maioria dos estudos tem trabalhado com ingestão de cafeína cerca de 1 hora antes, pois é quando a concentração sanguínea atinge seu pico.
Artigos:
http://www.efdeportes.com/efd105/consumo-da-cafeina-como-ergogenico-nutricional-no-esporte.htm.
http://ibpefex.com.br/site/images/stories/ONE_03_MAI_JUN_2007_pdf/ONE_24_04_N3V1_27_37.pdf
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